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Imprensa

Entregadores buscarão regularização estadual da categoria junto ao Governo do RS

Diego Nuñez

Cerca de 100 motoboys realizaram um ato de protesto na manhã desta terça-feira (3), em frente ao Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A manifestação por melhores condições de trabalho para a categoria finalizou com palavras de ordem em frente à sede da Uber, na Av. Carlos Gomes, mas tinha outro destino.

Os motociclistas pretendiam rumar ao Palácio Piratini para pressionar o governo do Rio Grande do Sul a ouvir a categoria. A solicitação acabou atendida. No próximo dia 11 de agosto, representantes dos motoboys terão um encontro com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP), e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSDB), no Palácio.

“Temos três pautas principais. Umas delas a gente acredita que consegue levar, as outras duas são mais difíceis”, explica Fernando Fontoura, ligado ao Sindimoto-RS, que representa motociclistas e ciclistas que fazem entregas.

Os entregadores demandam a criação de uma regularização estadual para a categoria, tanto para aqueles ligados a empresas quanto aos que trabalham através de aplicativos de entregas. “Hoje, temos uma regularização que vem de cima para baixo. O Denatran faz uma série de exigências para se fazer moto-entrega que são impossíveis de cumprir, são muito caras. Queremos exigências que estejam de acordo com a realidade da nossa categoria”, afirma ele.

Essa é a principal demanda que será levada aos representantes do Piratini – não há sinalização de que o governador Eduardo Leite (PSDB) participará do encontro.
“Se a EPTC fiscalizar, não sobra um motoboy em Porto Alegre. Nós ficamos sempre expostos ao perigo de ser multado ou guinchado. Queremos que isso acabe”, declarou Fernando.

As outras demandas são pela redução do preço da gasolina e por vacinas contra a Covid-19. Os motoboys querem a retirada, para os entregadores, dos impostos estaduais que incidem sobre o preço da gasolina.

A outra demanda é antiga e já foi motivadora de atos inclusive em Brasília: os entregadores querem ser incluídos no grupo prioritário para receber o imunizante contra o coronavírus.

Como a solicitação de encontro no Piratini foi atendida, o foco da manifestação se voltou para as empresas de aplicativos de entrega. Os cerca de 100 motoqueiros que participaram do ato rumaram à sede da Uber para gritar palavras de ordem e protestarem contra a falta de condições de trabalho fornecida pela empresa.

“Nos manifestamos contra a falta direitos trabalhistas. Vemos amigos nossos morrerem fazendo entregas e as empresas não prestam auxílio. Além disso, não foi feito nenhum protocolo contra a Covid-19, mesmo que as empresas digam o contrário nas propagandas”, declarou Fernando. A Uber não recebeu os manifestantes.

Fonte: Jornal do Comércio, 03/08/2021.
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